sexta-feira, 17 de junho de 2011

Evolução no blog


Galera sempre usei o blog como espaço informativo a respeito de noticias vinculadas a biologia , retiradas de outros sites blog´s pesquisas , agora dei um passo a frente na evolução do blog e vou publicar artigos mais bem elaborados e com ajuda dos meus alunos e amigos, estarei deixando o blog muito mais interativo abraços meus queridos e minhas queridas .

Usina da discórdia


Um novo capítulo foi acrescentado à polêmica história da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na primeira semana de junho, foi concedida a licença de instalação do projeto. No Estúdio CH desta semana, a bióloga Janice Muriel Fernandes Lima da Cunha, da UFPA, fala sobre os problemas relacionados à usina e suas eventuais soluções.
Em entrevista a Fred Furtado, Cunha explica que, a despeito da conexão histórica com o projeto de Kararaô, que previa cinco hidrelétricas na mesma região, Belo Monte é diferente, tanto na engenharia quanto no potencial energético. De fato, é tão distinto que necessitou novos estudos de impacto ambiental. “Alguns setores da sociedade não percebem isso e pensam que a resistência ao projeto é desqualificada”, diz a bióloga da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Entre os principais problemas socioambientais que podem vir a ser causados pela usina, ela aponta a piora da qualidade da água que abastece a cidade de Altamira, bem como os impactos sobre as populações ribeirinhas e indígenas do rio Xingu, onde o projeto deve ser implementado. Aquelas que se encontram antes da barragem terão que se deslocar devido ao alagamento da região.
Já as populações que estão localizadas após a barragem verão o rio praticamente secar e perderão sua navegabilidade. Segundo Cunha, elas ficarão isoladas de Altamira, o centro da região.
A bióloga ressalta que alguns problemas, como a extinção de espécies, não têm como serem resolvidos sem a interrupção do projeto. Mas ela afirma que a natureza é capaz de se recuperar. “A questão é que isso acontecerá em uma escala de tempo que não mais atenderá à geração atual, às populações interessadas”, observa.
Cunha fala também sobre alternativas à usina de Belo Monte e sobre a diferença entre seu potencial energético anunciado e o real. Ela discute ainda a efetividade dos estudos de impacto ambiental, uma questão premente nesse caso.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sequência de imagens mostra ataque de cobra a sapo, na Malásia

Víbora verde devora sapo de árvore em parque nacional de Bornéu.

Espécie de cobra se alimenta também de pequenos mamíferos.


Uma sequência impressionante de imagens feita no Parque Nacional Bako, em Borneú, ilha pertencente à Malásia, mostra a investida de uma víbora verde em um sapo de árvore, que se tornou sua refeição.
Cobra come sapo (Foto: Barcroft/gettyimages)Víbora verde ataca sapo durante caçada captada por fotógrafo no Parque Nacional Bako, em Bornéu, ilha pertencente à Malásia (Foto: Barcroft/gettyimages)
Durante 15 minutos, as imagens captaram o início do ataque da cobra ao sapo, que acabou engolido por inteiro após receber o bote da víbora da espécie Tropidolaemus wagleri, que habita regiões da Tailândia, Malásia, Cingapura, Sumatra e Filipinas.
Esta serpente, que se alimenta de anfíbios e pequenos mamíferos como camundongos, é muito comum em Bornéu, terceira maior ilha do mundo e com grandes áreas de mata tropical.
Confira as imagens do ataque.

Batalhão Florestal no Rio apreende tartarugas e pinguins mortos em praia

Eles estavam presos em rede de pesca na Praia do Canto.
Polícia recebeu uma denúncia anônima sobre os animais.

Policiais do Batalhão de Polícia Florestal e do Meio Ambiente (BPFMA) apreenderam oito pinguins e seis tartarugas mortos presos em uma rede de pesca, na tarde deste domingo (12), na Praia do Canto, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. As informações são do próprio Batalhão Florestal.
A polícia informou que recebeu uma denúncia anônima sobre os animais que estariam presos numa rede de nylon de cerca de 200 metros. O dono da rede não foi encontrado.
O caso foi registrado na 42ª DP (Recreio).

Eleição presidencial pode acelerar desmatamento no Brasil, diz estudo

Troca de pessoal comissionado enfraqueceria fiscalização em florestas.
Estudo foi elaborado por pesquisadores do Brasil, Holanda e Noruega.

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo
A reestruturação do governo federal devido à sucessão presidencial no Brasil historicamente impacta no aumento da devastação da Amazônia Legal, aponta um estudo realizado pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília, com participação de cientistas das universidades de Wageningen (Holanda) e Oslo (Noruega).
O artigo científico afirma que o reaparelhamento da máquina pública pode proporcionar uma desaceleração no combate aos crimes ambientais na região denominada Amazônia Legal.
Foram analisados dados gerais de desmatamento ocorridos na região amazônica como um todo e no estado de Mato Grosso entre 1990 e 2007. As informações foram retiradas do Prodes, sistema pelo qual o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) avalia a derrubada anual da floresta. De acordo com o estudo, Mato Grosso foi escolhido devido ao crescimento na produção agrícola e nos conflitos relacionados ao uso da terra durante o período.
Segundo o levantamento, os anos que mais registraram recorde no desmatamento foram 1995, 2003 e 2004. Em 1995, tomou posse o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em 2003, foi a vez do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Devido à mudança de plataforma política e adaptação ao perfil de gestão (PSDB para PT), 2004 também teria sentido os efeitos no aumento no desmate.
Gráfico aponta alta no desmatamento nos de 1995, 2003 e 2004. (Foto: Editoria de arte/G1)Gráfico aponta alta no desmatamento nos
anos de 1995, 2003 e 2004. (Foto: Editoria de Arte/G1)
”Em todos os cargos e níveis acontecem as mudanças de pessoal. Isso ocasiona uma fragilidade nos órgãos do governo. No primeiro ano de um novo presidente, as forças de trabalho não funcionam de maneira efetiva devido ao período de adaptação”, afirmou Saulo Rodrigues Filho, vice-diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNB e um dos coordenadores da pesquisa.
“Isso poderia ser evitado se não fosse a estrutura em que o governo brasileiro é baseada. Não é por culpa de partido X, Y ou Z. No Brasil, a meritocracia não é levada em conta na estrutura política, que dá preferência ao clientelismo”, disse o pesquisador, que criticou a alta quantidade de cargos comissionados existentes no governo.
De acordo com o estudo existem atualmente ao menos 20 mil cargos comissionados no governo, mantidos sob lei federal. O Ministério do Meio Ambiente informou que são 250 cargos ocupados por indicação, o que incluiria o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
"Isto pode ter acontecido também em 2010. Eis o problema da transição política, porque entra gente nova que não sabe de nada e quem é esperto, se aproveita", afirmou Rodrigues Filho que citou a aceleração do desmatamento entre agosto e abril de 2009/2010 e 2010 /2011 e que pode estar ligada à troca de presidente, no caso a eleição de Dilma Rousseff (PT).
O Inpe apontou um aumento de 27% no desmatamento entre os períodos (1.457 km² entre 2009/2010 e 1.848 km² entre 2010/2011).

terça-feira, 7 de junho de 2011

Vitaminas B6, B9, B12 e metionina previnem câncer de pulmão Segundo estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP, substâncias ajudam a prevenir doença

Agência USP
SÃO PAULO - Uma dieta rica em vitaminas B6, B9 e B12 e em metionina - um dos 20 tipos de aminoácidos existentes - é eficaz na proteção do organismo contra o câncer de pulmão. Segundo pesquisas da Faculdade de Saúde Pública da USP, essas substâncias ajudam a prevenir a doença, pois atuam na frente cancerígena que não está relacionada apenas a mutações genéticas.
Além das causas mais conhecidas da doença, como alterações genéticas, poluição do ar ou fumo, duas outras vias podem aumentar o risco de incidência: a alteração nos padrões de metilação dos genes e o baixo nível de síntese de nucleotídeos - unidades que formam o DNA. “É nesses dois caminhos que as vitaminas vão atuar”, explica a pesquisadora Valéria Troncoso Baltar, doutoranda em Saúde Pública na FSP.
A metilação do DNA consiste na adição do radical metil - um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio (CH3) - aos genes. “Ela é necessária porque atua na manutenção, regulação e integridade do código genético”, afirma Valéria. Porém, a metilação em padrões inadequados, em excesso ou em falta tem efeito cancerígeno.
O consumo das vitaminas em níveis satisfatórios mantém os padrões adequados de metilação porque elas atuam no ciclo de remetilação. Tal ciclo trabalha em equilíbrio com os aminoácidos metionina e homocisteína, que por meio de processos químicos se transformam um no outro.
Se o equilíbrio for rompido, o nível adequado de metilação do DNA também é afetado e isso pode desencadear o câncer. Segundo Valéria, esse ciclo “pode ser quebrado pela falta de vitaminas B6, B9 e B12”, o que justifica a alimentação balanceada.
Os estudos também mostram que, quanto maior a presença de metionina no organismo, menor é a verificação da incidência de câncer de pulmão. Assim, a própria ingestão direta desse aminoácido também é benéfica na prevenção da doença.
As principais fontes de vitamina B6 são cereais e grãos, enquanto vitamina B12 e aminoácido metionina são encontrados em carnes e produtos lácteos. Folhas verdes escuras e feijões são fontes de vitamina B9 (folato).
Síntese de nucleotídeos
Nucleotídeos são as unidades constituintes da fita do DNA. A produção dessas unidades está ligada à multiplicação celular. De acordo com as pesquisas, o desenvolvimento do câncer de pulmão também pode estar associado à síntese de nucleotídeos. “Nesse caso, o folato age de forma mais direta ao atuar na síntese. Seu baixo nível no organismo prejudica a renovação celular, aumentado o risco da doença”, explica a pesquisadora.
Para a realização do estudo, foram analisadas 891 amostras de sangue de pessoas com câncer de pulmão em comparação com 1.747 amostras de pessoas saudáveis. As pesquisas da FSP fazem parte de um grupo de pesquisas maior, que engloba 10 países, cada um buscando causas diferentes para a doença.
“Aqui tentamos entender como as substâncias atuam e quais são suas consequências”, declara Valéria. O trabalho teve a orientação do professor Julio Cesar Rodrigues Pereira, do Departamento de Epidemiologia da FSP da USP.

Falta de vitamina D agrava os sintomas da asma, mostra estudo na Costa Rica

Pesquisa mostra que pode existir uma ligação entre a deficiência de vitamina D e a severidade da asma e dos sintomas respiratórios em crianças. O trabalho foi realizado na Costa Rica e acompanhou mais de 600 crianças que vivem em uma região com altos índices de problemas respiratórios.

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A vitamina D já se mostrou em laboratório um produto capaz de influir no comportamento das vias aéreas quando tratadas por medicamentos inalatórios. As crianças estudadas tiveram amostras de sangue retiradas para dosagem de marcadores de resposta inflamatória e níveis de vitamina D, além de testes de função respiratória. Aquelas que tinham menores valores de vitamina D no sangue apresentavam maior reatividade dos brônquios e os marcadores de alergia estavam elevados, inclusive a sensibilidade à poeira.

Essas crianças tinham necessitado mais de internações hospitalares no último ano e usado maior quantidade de corticoides inalados para controlar suas crises, que foram mais frequentes do que as outras. Essa evidência confirma uma ligação entre os níveis de vitamina D e a reação inflamatória da asma. O problema consiste em como prevenir a falta dessa vitamina no organismo humano.

A vitamina D, diferentemente de outras vitaminas não é ingerida, e sim produzida no corpo. Para que esse fenômeno aconteça, vários fatores devem ser levados em conta. A ingestão de vitaminas através de alimentos reforçados e de fontes naturais traz uma pequena parte da quantidade necessária. A exposição à luz solar entra como fator importante nesse processo.

Como as crianças estão se expondo menos à luz solar, seja por causa de atividades dentro de casa ou mesmo pela proteção contra os raios do Sol, a reversão de baixos níveis de vitamina D se torna difícil. O ideal é que as crianças recebam uma dieta equilibrada desde cedo para que suas necessidades nutricionais sejam atendidas, prevenindo déficits futuros.

Luis Fernando Correia é médico e apresentador do "Saúde em Foco", da CBN.

Bactéria provoca crise na Europa

A bactéria misteriosa que assusta a Europa - a Escherichia coli (E.coli) - já provocou um prejuízo de 300 milhões de euros para fazendeiros e está gerando também uma guerra comercial entre produtores de legumes, diplomatas, chefes de Estado e serviços de saúde. Nesta terça-feira, a União Europeia (UE) se reunirá em caráter emergencial para aprovar um plano de resgate milionário para produtores de legumes que simplesmente deixaram de vender desde que a Alemanha os acusou de ser a origem da bactéria. A reunião mostrará ainda a situação embaraçosa que vivem as autoridades sanitárias europeias, que não conseguem definir um plano para lidar com a bactéria e, a cada dia, apontam um culpado.

Czarek Sokolowski/ap/aeMilhares de toneladas de legumes começaram a ser destruídos, diante da recusa dos consumidoresMilhares de toneladas de legumes começaram a ser destruídos, diante da recusa dos consumidores
Milhares de toneladas de legumes começaram a ser destruídos pela Europa, diante da recusa dos consumidores e restaurantes, até que se saiba exatamente qual a origem da bactéria. Só na Romênia, 1,5 mil toneladas de pepino foram destruídas ontem em Bucareste. O pepino foi inocentado. Mas o dano já estava feito. No fim de semana, brotos de feijão foram tidos como os novos "vilões". Uma vez mais, pode ter sido apenas um alarme falso.

Ontem, uma reunião de ministros da Saúde da UE admitiu que o sistema de alerta sanitário "não funciona" e que decisões não podem mais se basear em suposições. O comissário europeu de Saúde, John Dalli, reconheceu que "ajustes" serão feitos. O objetivo é que, no futuro, o alerta sanitário será declarado com base em "dados científicos e não por qualquer declaração".

Por enquanto, porém, o mal-estar está presente na Europa Os mais afetados teriam sido os produtores de legumes da Espanha, já que a primeira informação era de que produtos exportados pelo país ao restante da Europa eram os responsáveis pelas mortes. O pepino espanhol acabou inocentado. Mas as vendas não foram retomadas e, agora, o governo de Madri exige da UE uma ajuda de 400 milhões de euros para cobrir as perdas dos produtores.

No fim de semana, os chefes de governo José Luis Rodrigues Zapatero (Espanha) e Angela Merkel (Alemanha) conversaram sobre o assunto. Os espanhóis acusam os alemães de terem tirado conclusões precipitadas. Merkel admitiu que vai apoiar nesta terça-feira a criação de um mecanismo de compensação. Porém, indicou que não será a Alemanha que pagará e o dinheiro terá de vir de toda a Europa.

Segundo a porta-voz da UE, Pia Ahrenkilde Hansen, propostas concretas serão apresentadas na reunião emergencial desta terça em Luxemburgo para compensar os produtores. "Houve uma queda no consumo em toda a Europa e a crise se tornou regional. Portanto, temos de encontrar uma solução regional ", disse.

Jose Pozancos, diretor do grupo de exportadores de produtos frescos da Espanha, a Fepex, alertou que a queda nas vendas foi de 40% na primeira semana e que, ontem, as negociações tinham parado. A região mais atingida é a de Almeria, com 15 mil fazendas e uma grande maioria de imigrantes irregulares trabalhando na colheita.

O pedido espanhol por compensações não será o único. Com mais de 2,2 mil casos pela Europa, produtores da França e outros países do bloco alegam que suas vendas também desabaram desde que a bactéria passou a fazer parte das manchetes dos jornais locais. Produtores da Alemanha, Holanda, França, Bélgica, Itália e Portugal querem compensações.

Na Holanda, produtores estimam que já deixaram de vender 80 milhões de euros. Na Alemanha, seria pelo menos 1 milhão de euros por dia, além de 100 mil euros na Romênia.

Restaurantes deixaram de oferecer saladas a seus clientes e os supermercados estão acumulando os produtos que não podem vender. Segundo Philippe Binard, da Freshfel, representante da indústria de legumes da Europa, não são apenas os agricultores que perdem. Empresas responsáveis por embalar os produtos e transportar a mercadoria estão paradas.

Fora do bloco, exportadores  temem concorrência desleal

Na UE, o bloco admite que terá de dar compensações. Mas Bruxelas alerta que a ajuda terá de ser limitada para não transformar-se em subsídios ilegais e ser questionado na Organização Mundial do Comércio (OMC). Por lei, a UE poderá dar compensações equivalentes a apenas 5% da colheita de 2011 e 15% da média dos últimos três anos. Mais que isso, significaria violar os acordos internacionais.

Brasil, Argentina, Austrália e Estados Unidos prometem ficar de olho no mecanismo que será criado nesta terça-feira para evitar que a ajuda não seja um subsídio ilegal disfarçado. Para exportadores de todo o mundo, uma ajuda deve ser limitada ao dano causado e não ampliada ao setor em todo o continente.

"Nos últimos meses, os europeus têm usado diferentes explicações para justificar os subsídios que distorcem os mercados e acabam afetando nossas vendas", acusou um diplomata do Mercosul.

O poderoso lobby da Confederação de Agricultores da Europa insiste que já há quem esteja quebrando. Segundo Amanda Cheesley, da entidade, o pepino perdeu 75% de seu preço no mercado. Na Itália, maior produtora europeia de legumes, o pepino foi negociado por 15 centavos de euro o quilo nesta segunda-feira (06). Em abril, o valor era de 70 centavos.

As perdas não se limitam ao comércio regional. Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia, decidiu suspender toda a importação de legumes da Europa, no valor de US$ 600 milhões. A decisão promete azedar a cúpula UE-Rússia marcada para a próxima quinta-feira (09). Bruxelas acusa Moscou de estar violando regras do comércio. Entretanto, Putin foi claro em anunciar que irá violar as regras e evitar que "pepinos podres" entrem na Rússia para "envenenar a população".

Moscou agora terá de engolir as suas declarações, já que está provado de que o culpado não é o pepino. A UE acusou Moscou de estar retaliando por não facilitar a entrada da Rússia na OMC

O Catar e o Líbano também fecharam suas fronteiras ao legume europeu e o temor dos produtores pela Europa é de que outros países sigam o mesmo caminho. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), embargos não são recomendados.

MUNDO: bactéria E. coli causa 23 mortes e vira epidemia em vários países da Europa

vira epidemia em vários países da Europa
vira epidemia em vários países da Europa
ALEMANHA É O PAÍS MAIS AFETADO COM 21 MORTES E 1.536 CASOS DA DOENÇA. CIENTISTAS AINDA NÃO SABEM ORIGEM DO MICRÓBIO

Saúde

Acontaminação pela bactéria intestinal conhecida como E. coli (Escherichia coli) já virou epidemia na Europa. Até esta segunda-feira (6) a bactéria já tinha causado a morte de 23 pessoas e outras 1.733 foram contaminadas em vários países da Europa e nos Estados Unidos. A nação mais atingida é a Alemanha com 21 mortes de 1.536 casos da doença.

A situação preocupa porque os cientistas ainda não conseguiram descobrir a origem do micróbio. Vários testes foram realizados em vegetais - apontados como a causa do surto - em em brotos de feijão, mas os exames deram resultado negativo.

A preocupação é grande porque, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a bactéria E. coli pode ser transmitida de pessoa para pessoa através dos sedimentos e por via oral. Por conta disso, a entidade orienta a população a redobrar os cuidados com higiene, como lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de tocar nos alimentos.

Por enquanto, os casos de contaminação pela E. coli estão restritos à Europa. Não há casos registrados no Brasil, mas as autoridades de saúde não descartam o risco de importação do patógeno através dos viajantes que estiveram nos países onde há surto da doença.

O Ministério da Saúde recomenda que pessoas em viagem internacional, principalmente aos países da Europa e aos Estados Unidos, não devem comer alimentos crus, sobretudo vegetais e produtos de origem animal.

A bactéria E. coli costuma habitar as entranhas de gado e ovelhas e, em geral, é inofensiva à saúde. Mas a variedade que está atacando a Europa, a EHEC, causa diarreia, cólicas estomacais severas e febre. Ela se prende às paredes do intestino, onde libera toxinas.

A maioria das vítimas se recupera após alguns dias de tratamento, mas um pequeno número de pacientes desenvolve uma síndrome potencialmente fatal, que ataca os sistemas renal e nervoso. Cientistas afirmaram que a nova variante da E.coli é um híbrido agressivo, tóxico para humanos e que não estava ligado anteriormente a intoxicações alimentares

terça-feira, 19 de abril de 2011

Robôs detectam alto nível de radiação em dois reatores de Fukushima



Artefatos americanos inspecionaram prédios abalados pelo tsunami.

Ambiente nos reatores 1 e 3 ainda é nocivo para trabalhadores.

Do G1, com agências internacionais
imprimirA operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, danificada pelo terremoto e tsunami de 11 de março, mandou robôs para o interior dos prédios afetados e eles mostraram que o ambiente ainda é nocivo para que trabalhadores entrem neles.Foi a primeira vez, mais de um mês após a catástrofe, que robôs foram mandados ao local. Leituras feitas nesta segunda-feira (18) mostraram que o nível radioativo ainda é alto.Os dados dos reatores 1 e 3, coletados pelos robôs americanos, não alteral os planos da Tepco, de estabilizar o complexo até o final do ano, seguindo um plano divulgado na véspera.

Imagem divulgada pela Tepco mostra o PakBot trabalhando no interior do reator 2 da usina danificada (Foto: AP)Imagem divulgada pela Tepco mostra o PakBot trabalhando no interior do reator 2 da usina danificada (Foto: AP)
Os robôs usados são feitos na iRobot Corp, empresa de Bedford, Massachusetts. Chamados PackBot, medem os níveis de radiação, as temperaturas e outros dados no interior dos reatores. Uma versão deles foi usada em operações que se seguiram ao 11 de Setembro, em 2001, nos EUA.
A Tepco disse que só usou os robôs agora porque levou algumas semanas para que as equipes aprendessem a operá-los.
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)
VALE ESTE MAGNITUDE REVISADO - Entenda o terremoto no Japão (Foto: Arte/G1)

Cultivo de cana-de-açúcar diminui as temperaturas locais

Plantação reflete mais a luz do sol e 'exala' água mais fria.

Dados para pesquisa norte-americana foram coletados no cerrado brasileiro.

Tadeu Meniconi Do G1, em São Paulo
Produção de cana-de-açúcar (Foto: Reprodução / TV Globo)Produção de cana-de-açúcar (Foto: Reprodução /
TV Globo)
Uma pesquisa publicada pela “Nature Climate Change” mostra como a cana-de-açúcar atua na redução das temperaturas no âmbito local. Comparada com outras culturas, ela reflete mais a luz do sol e a água que ela “exala” é mais fria.
Segundo a avaliação dos cientistas, quando a vegetação original foi substituída por plantações e pastagens, a temperatura subiu em média 1,55 °C. Contudo, quando estes foram substituídos pela cana-de-açúcar, a temperatura caiu em 0,93°C, em média. As medições foram feitas na Região Centro-Oeste do Brasil, onde a vegetação nativa predominante é o cerrado.
“O ponto-chave da pesquisa é que, até hoje, na maioria das vezes em que pensamos nos impactos da mudança climática feita pelo homem, falamos em emissão de carbono, mas há também o impacto direto, que é muito local”, explicou ao G1 o autor Scott Loarie, do Instituto Carnegie, dos EUA. Apesar de os dados terem sido coletados no Brasil, nenhum cientista brasileiro está entre os responsáveis pelo estudo.
Dentre os efeitos locais, o que mais influencia é o que os cientistas chamam de albedo, que é, grosso modo, a maneira como a luz do sul é refletida.
“Se você cortar todos as árvores da zona boreal – Canadá e Sibéria –, você emite uma grande quantidade de carbono e espera aquecer a Terra. Mas, ao mesmo tempo, as árvores são muito escuras e absorvem muita luz do sol, e isso se tornaria um campo nevado que refletiria a luz. O albedo é mais forte, então você estaria, na verdade, resfriando a Terra”, exemplificou o cientista.
Para Loarie, as discussões sobre mudanças climáticas deveriam levar mais em conta os aspectos globais. “Eu acho que há um argumento forte de que muitas pessoas estão mais preocupadas com como será o clima onde elas moram que com a temperatura média global, que é um conceito abstrato”, argumentou.

Voltamos

Pessoal que segue o blog ECOBIOLOGOS , Desculpem a ausência mas houve motivos que impediram meu acesso , voltei e agora para ficar como diria a musica , espero que continue contribuindo e tendo a boa margem de acessos dos seguidores , Abraços

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Qual a diferença entre filtro e bloqueador solar?


A coluna No laboratório do Sr. Q responde!
Por: Joab Trajano Silva, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro

(Ilustração: Cruz)
O Brasil é um dos países mais ensolarados do mundo. Não é à toa: a localização da maior parte do seu território entre o Trópico de Capricórnio e o Equador favorece isso. A nós, que vivemos aqui, cabe, então, aproveitar todo o brilho do astro-rei, mas com cuidado!

Afinal, quem nunca ouviu falar que se deve evitar tomar sol entre as dez horas da manhã e as quatro da tarde? Essa recomendação é dada porque, nesse horário, é maior a quantidade de radiação ultravioleta que chega à Terra. Talvez você não saiba, mas a radiação ultravioleta é emitida pelo Sol e pode causar prejuízos à nossa saúde.

Dos três tipos diferentes de radiação ultravioleta que há, apenas um não é motivo de preocupação: a radiação UVC, a mais prejudicial, que é bloqueada pela camada de ozônio do nosso planeta. Já as radiações UVA e UVB exigem cuidados, embora tenham seu lado positivo.
verao1b.jpg
A radiação UVA é quem faz com que o pigmento conhecido como melanina se combine com o oxigênio, produzindo o bronzeado, algo de que muita gente gosta. Já a UVB é quem estimula a produção de melanina e de vitamina D pelo organismo, fatores positivos. Porém, ambas causam o envelhecimento precoce da pele e câncer nesse órgão (sim, a pele é um órgão!).  E a UVB ainda induz o aparecimento de pintas escuras e queimaduras nessa parte do nosso corpo.

Por isso, é recomendável o uso de um protetor solar quando a pessoa for se expor ao Sol. Pode ser um filtro ou um bloqueador solar. Mas você sabe qual a diferença entre esses produtos?

Dupla dinâmicaTanto os filtros quanto os bloqueadores solares têm a mesma função: evitar que a radiação ultravioleta penetre na pele e cause danos à saúde. No entanto, a sua composição química e a sua forma de funcionamento são bastante diferentes.
Curiosidade!O dióxido de titânio, usado para fazer bloqueadores solares, é também o responsável pela cor branca de fogões, geladeiras, micro-ondas etc. Este composto está presente ainda nos corretores líquidos do tipo liquid paper.
Os bloqueadores solares refletem a radiação UV e, em geral, apresentam em sua composição óxido de zinco ou dióxido de titânio, eficientes em proteger da radiação UVA e da UVB.
O bloqueador solar, porém, tem duas desvantagens: é opaco, ou seja, não fica transparente ao ser passado na pele, uma característica que muitas pessoas não apreciam. Além disso, bloqueia os poros da pele, o que favorece, por exemplo, o surgimento de espinhas.

Já os filtros solares possuem em sua composição compostos que absorvem a radiação UVA ou UVB e a transformam em luz visível, inofensiva para a pele. Os primeiros filtros solares possuíam capacidade de proteção apenas contra a radiação UVA, mas os produtos mais modernos protegem tanto contra a radiação UVA quanto contra a radiação UVB.
Estou ardendo 2
Independentemente de ser um bloqueador ou filtro solar, a capacidade de proteção destes produtos é expressa pelo seu Fator de Proteção Solar (FPS), que mede a proteção contra um dos efeitos nocivos da radiação UVB - a queimadura na pele - em uma escala de 2 a 70. Este índice, determinado sob condições controladas em laboratório, representa quantas vezes mais tempo um grupo de pessoas usando protetor solar pode ficar exposta ao Sol antes de a pele ficar vermelha, em comparação com alguém que não usou o produto. Isto quer dizer que, se a pele desprotegida de uma pessoa começa a ficar vermelha após 10 minutos de exposição ao Sol, com o uso de um protetor com FPS 15 o efeito só será observado após 150 minutos. Assim, quanto maior o FPS de um produto, maior a proteção que ele confere.

Mas esse cálculo nem sempre é exato. Isso porque as pessoas, em geral, usam metade da quantidade de protetor solar utilizada em laboratório, o que pode resultar em uma queimadura na metade do tempo. Para evitar danos à sua pele, consulte um dermatologista. Ele indicará o FPS mais adequado à sua tonalidade de pele e o orientará sobre a forma adequada de usar o produto.
Novos produtos à vistaCom a ajuda de um novo ramo da química – a nanotecnologia, que trabalha com estruturas um bilhão de vezes menores do que um grão de arroz – estão sendo desenvolvidos bloqueadores solares diferentes. Esses produtos contêm nanopartículas de dióxido de titânio: isto é, partículas muito, mas muito pequenas. Elas permitiram que esses protetores solares ficassem transparentes na pele, mas mantivessem a capacidade de bloquear os raios UV.

Zoológico de Sorocaba tem dupla de filhotes de arara-azul

Nascimento dessa espécie nunca havia ocorrido no parque.

Animal nativo do Brasil é considerado ameaçado de extinção.

Do Globo Natureza, em São Paulo
O Parque Zoológico Municipal  de Sorocaba (SP)  tem dois filhotes de arara-azul em exposição para os visitantes. Os pássaros têm três meses e nasceram num ninho colocado dentro do recinto de exposição do zoológico.
É a primeira vez que esse parque registra nascimento de aves dessa espécie, considerada ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
Um dos filhotes de arara-azul brinca com bióloga do parque zoológico. (Foto: Divulgação/ Paulo Ochandio - Secom)Um dos filhotes de arara-azul brinca com bióloga do parque zoológico. (Foto: Divulgação/ Paulo Ochandio - Secom)
Até o primeiro mês de vida, os filhotes ficaram  com os pais, quando houve a necessidade de revezamento: a cada semana, um dos filhotes era separado e criado artificialmente pelos biólogos e tratadores para equilibrar diferenças de desenvolvimento, de modo a garantir a sobrevivência de ambos.
Por causa do tamanho e da plumagem, as araras-azuis estão entre as aves brasileiras mais disputadas pelo tráfico de animais silvestres. A espécie se concentra em várias regiões de florestas, principalmente no Pantanal e no cerrado. Há também registros nos estados do Pará, Piauí e Tocantins.
Filhote nascido no zoo de Sorocaba. (Foto: Divulgação/ Paulo Ochandio - Secom)Filhote nascido no zoo de Sorocaba. (Foto: Divulgação/ Paulo Ochandio - Secom)

Turistas encontram 107 baleias-piloto encalhadas na Nova Zelândia

Animais estavam em praia da ilha de Stewart, no sul do país.

Autoridades sacrificaram as últimas baleias vivas.

Do G1, com informações de agências*
zelandia (Foto: Reuters)Imagem mostra o grupo de 107 baleias-piloto encontradas por dois turistas em uma praia da ilha de Stewart, no sul da Nova Zelândia. Segundo o Departamento de Conservação, 48 ainda estavam vivas quando foram encontradas, mas tiveram de ser sacrificadas. (Foto: Reuters)

107 baleias encalham e morrem na Nova Zelândia (Foto: Reuters)"Compreendemos rapidamente que seriam necessárias 10 a 12 horas antes de podermos iniciar as tentativas de levá-las ao mar, mas com o sol e o calor muitas morreram antes", afirmou uma fonte do Ministério de Proteção ao Meio Ambiente. (Foto: Reuters)
*Com informações da Reuters e da AFP

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pesca mais limpa e econômica


Biodiesel produzido a partir do óleo de fritura é usado para abastecer embarcações de pesca artesanal no litoral catarinense. A iniciativa reduz os custos de produção dos pescadores e ajuda a preservar o ambiente.
Por: Katy Mary de Farias

Pesca mais limpa e econômica
Um dos barcos de pesca artesanal abastecidos com B50, mistura de 50% diesel e 50% de biodiesel, na praia de Pinheira, Santa Catarina. (foto: Unisul/ Divulgação)
Uma parceria entre a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e o Projeto Criar, Educar e Preservar (ProCrep) vem rendendo bons frutos para pescadores da praia da Pinheira, no município de Palhoça (SC).
Em 2008, a universidade criou, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um projeto de produção de biodiesel a partir do óleo de fritura descartado em restaurantes locais para abastecer embarcações de pesca artesanal.
Em novembro de 2009, quando a usina começou a operar, o biodiesel produzido abastecia o trator que coletava óleo de fritura e outros resíduos recicláveis e era usado para testes nas embarcações.
Hoje, cinco embarcações são abastecidas com B50 (50% diesel e 50% de biodiesel), cujo litro custa R$ 1,20 para o pescador; na região, a mesma quantidade de diesel não sai por menos de R$ 2. A meta para 2011 é de que pelo menos 15 barcos utilizem o B50.

Impacto social

O projeto, que recebeu em 2010 o Prêmio Santander de Universidade Solidária, conta com a participação de cinco professores e 10 alunos da Unisul, além da colaboração de 30 associados da ProCrep.
“Nossa meta é construir com eles o conhecimento de algo que possa lhes garantir um futuro de prosperidade”
De acordo com a química da Unisul Elisa Moecke, coordenadora do trabalho, a ideia é continuar dando suporte à comunidade até que ela consiga caminhar sozinha. “Nossa meta é construir com eles o conhecimento de algo que possa lhes garantir um futuro de prosperidade.”
No verão, a usina atinge o máximo de sua produção: 2.400 litros mensais. Ao final da temporada, quando o movimento nos restaurantes diminui, esse número cai para 800 litros mensais.
Moecke acredita que a produção de biodiesel a partir de recursos naturais pode ser excelente alternativa para reduzir índices de pobreza, principalmente no interior do país

Da cozinha para o tanque de combustível


Produção de biodiesel a partir do óleo de fritura pode ser boa alternativa para reduzir o impacto ambiental causado pelos combustíveis fósseis.
Por: Katy Mary de Farias

Da cozinha para o tanque de combustível
Miniusina onde ocorre a transesterificação, processo muito usado hoje na produção de biodiesel. Cada litro de óleo que entra no equipamento rende cerca de 850 ml de biodiesel, aproveitamento considerado ótimo por especialistas. (foto: Arquivo Socialtec)
Em Porto Alegre, parte do óleo vegetal usado em frituras está ganhando um destino bem mais nobre. Em vez de ir para encanamentos, tubulações de esgoto, rios e solo, o produto se transforma em biodiesel (combustível alternativo e não poluente produzido a partir de recursos naturais). A ideia foi da empresa Socialtec/Pró Meio Ambiente, instalada na incubadora Raiar, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), que apoia projetos de pesquisa e desenvolvimento da instituição.
“Nosso objetivo não é só mitigar o impacto ambiental que o óleo de fritura causa quando lançado na água ou no solo”, diz o químico Ronaldo Silvestre da Costa, coordenador do projeto. “Pretendemos também inserir a comunidade em projetos sociais”, completa. Por isso, segundo ele, é essencial a parceria com escolas, restaurantes, universidades, prefeituras, coletores de lixo reciclável, cooperativas etc.
Um litro de óleo pode render até 850 ml de biodiesel
O óleo coletado pela instituição vai para o Centro Social Marista de Porto Alegre, onde é limpo por meio de decantação e filtrado para a retirada de resíduos. Costa relata que a maior parte do que é adquirido chega em bom estado. Após a limpeza, o produto é colocado em um reator e submetido ao processo químico de transesterificação (ou alcoólise). O nome é complicado, mas a operação nem tanto.
A transesterificação, processo mais usado hoje na produção de biodiesel, é feita via ‘batelada’ (ação não contínua e repetitiva em que todos os reagentes são reunidos de uma só vez), à temperatura de 60 graus. Óleo e álcool (metanol) são misturados, e a mistura é catalisada por soda cáustica e purificada por magnesol. Um litro de óleo pode render até 850 ml de biodiesel. Esse rendimento é considerado muito bom pelos especialistas.
Recipiente para coleta de óleo de fritura
Recipiente para coleta de óleo de fritura. O produto, em vez de ser descartado na natureza, poluindo-a, dá origem a biocombustível. (foto Arquivo Socialtec)
Após a reação, o biodiesel é separado da glicerina que se forma no processo. Considerada um coproduto, ela é aproveitada em outros projetos da Socialtec. A glicerina tem ampla gama de aplicações (na produção de detergentes, cosméticos e medicamentos, por exemplo), mas pode causar danos sérios e irreversíveis se for lançada na natureza de modo irresponsável.
A Socialtec produz hoje cerca de 2 mil litros de biodiesel por mês. Uma parte abastece a frota da empresa que fabrica o equipamento responsável pela transesterificação, e a outra vai para o tanque dos veículos em teste no Laboratório de Motores e Componentes Automotivos do curso de Engenharia Mecânica da PUCRS. Um dos estudos feitos nesse laboratório avalia o desempenho da mistura diesel-biodiesel.
A combinação entre ambos é marcada pela letra B, de blend (que significa ‘mistura’, em inglês). À letra, acrescenta-se o número correspondente ao percentual de biodiesel misturado ao diesel. No Brasil os postos já oferecem a mistura B5 (5% de biodiesel e 95% de diesel), embora essa meta tenha sido projetada para 2013.

Natureza e sociedade agradecem

Fonte renovável e não poluente: essa é apenas uma das vantagens do biodiesel, obtido de óleos vegetais (como os de soja, girassol, milho, canola, amendoim e mamona) ou gordura animal. Sua produção pode também ser fonte de renda para comunidades carentes. Em Santa Catarina, um grupo de pescadores tem abastecido suas embarcações com biodiesel B50, reduzindo custos de produção e mantendo o local, uma área ambiental protegida, ainda mais preservado.
O biodiesel é menos prejudicial ao meio ambiente por não conter enxofre em sua composição, ser biodegradável e emitir gases do efeito estufa em volumes muito inferiores aos lançados pelo diesel ou qualquer outro combustível derivado de petróleo. “No caso do enxofre, a redução chega a 100%”, lembra Costa.
No caso da mistura usada no Brasil, não há qualquer necessidade de adaptação nos motores dos veículos
Quanto aos supostos problemas que o biodiesel causa no motor de um carro – exigindo possíveis adaptações –, o engenheiro Carlos Alexandre Santos, coordenador do curso de Engenharia Mecânica da PUCRS, diz que tudo depende da mistura entre os combustíveis. Segundo ele, usualmente as misturas são feitas em proporções volumétricas que variam de 5% a 20% de biodiesel. “No caso da mistura B5, usada no Brasil, não há qualquer necessidade de adaptação nos motores”, garante.
O uso de biodiesel, esclarece Santos, pode reduzir a potência do veículo em 5% e aumentar o consumo de combustível em aproximadamente 2%. “São percentuais muito toleráveis se considerarmos os benefícios que o biodisel oferece ao meio ambiente.” Santos acredita que em até sete anos os postos de abastecimento brasileiros já terão bombas com 100% de biodisel (B100).

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Salvador recebe reunião do 2º Encontro da Rede Latino-Americana de Cidades

capital baiana receber�o evento
Primeira capital do Brasil, Salvador receberá o evento/Foto: Manu Dias/Agecom
O comitê organizador do segundo Encontro da Rede Latino-Americana por Cidades Justas e Sustentáveis estará reunido em Salvador nos dias 27 e 28 de janeiro (próxima quinta e sexta-feira, respectivamente) para participar do encontro preparatório do grande evento, que também será realizado na capital baiana nos dias 29 a 31 de março.
A reunião preparatória será no Hotel Catussaba Bussines, onde será tratado o avanço dos trabalhos das atuais Comissões da Rede (Conhecimento, Governança e Conceitual) e questões ligadas à preparação, tais como definição do programa, orçamento, recursos, convocação e logística.
O segundo  Encontro da Rede Latino-Americana de Cidades Justas e Sustentáveis reunirá cerca de 50 cidades que estão implementando iniciativas relacionadas a qualidade de vida urbana por meio do controle público. O objetivo do evento é a troca de informações, com conhecimentos e experiências entre os integrantes para promover o aprendizado mútuo, o apoio e o fortalecimento das experiências locais em toda a America Latina.
Uma das novidades do encontro será a presença de representantes do Grupo Impulsor do Movimento Nossa Salvador, organização que está atualmente em fase de estruturação e que submeteu a candidatura da capital da Bahia para sediar o evento.
O Movimento Nossa Salvador foi inspirado na experiência bem sucedida do Movimento Bogotá Como Vamos e nas iniciativas mais recentes das cidades brasileiras de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Luiz, Recife, dentre outras. Com esta iniciativa, busca-se incorporar a cidade de Salvador à Rede Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis.
A Rede Latino-Americana
Países como Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru integram a Rede Latino-Americana por Cidades Justas e Sustentáveis, criada em 2008. O objetivo geral da iniciativa é buscar a participação social para comprometer os governos e a própria população com cidades mais justas, democráticas e sustentáveis. Geralmente, os movimentos reúnem organizações sociais, empresarios, universidades e cidadãos para compor uma força política local, de caráter apartidário e inter-religioso.
A partir de experiências concretas de sucesso com o uso de indicadores para monitorar as políticas públicas, pesquisas de opinião com moradores e o acompanhamento de metas de gestão dos governos e dos orçamentos locais, as práticas vem se replicando e se fortalecendo à medida que mais cidades se somam à rede. As trocas de experiências são feitas por meio de encontros presenciais e virtuais, além de divulgação em sites, blogs e mídias sociais, como o Ning, por exemplo.
No Brasil, o Movimento Nossa São Paulo (atual Rede Nossa São Paulo) foi o primeiro a atuar e se tornou um dos impulsionadores tanto da Rede Latino-Americana quanto da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis, juntamente com a Fundação Avina. Na América Latina, a primeira iniciativa foi o Programa Bogotá Como Vamos, criado em 1997, na capital da Colômbia.
Os objetivos gerais das redes e de seus integrantes são buscar a participação social para comprometer os governos e a própria população com cidades mais justas, democráticas e sustentáveis. Geralmente, os movimentos reúnem organizações sociais, empresarios, universidades e cidadãos para compor uma força política local, de caráter apartidário e inter-religioso.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Proteção antes e depois da infecção


Em teste com ratos, nova vacina mostra-se capaz de evitar a tuberculose mesmo em indivíduos já infectados que ainda não desenvolveram a doença. A expectativa é que ela esteja disponível ao público em 2020.
Por: Catarina Chagas

Proteção antes e depois da infecção
Radiografia de paciente com tuberculose. Nova vacina, ainda em fase de testes com ratos, é capaz de prevenir a doença e evitar a sua manifestação em pacientes já infectados. (foto: Sinc)
Geralmente, quando se fala em vacina, a ideia é prevenir a contração de doenças. Pesquisadores do Instituto Statens Serum, na Dinamarca, porém, trabalham no desenvolvimento de uma vacina que funciona para proteger tanto pessoas nunca infectadas pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, causadora da tuberculose, quanto indivíduos que já carregam o microrganismo sem desenvolver a doença.
A estratégia é importante porque uma particularidade da M. tuberculosis é a sua capacidade de corromper a resposta imune do hospedeiro e estabelecer uma infecção latente, sobrevivendo no ambiente intracelular por vários anos. Essa infecção ‘adormecida’ pode se transformar em doença quando ocorre um problema com o sistema imunológico do hospedeiro, como no caso de portadores da Aids.
As candidatas a vacinas contra tuberculose que estão na fase de ensaios clínicos são vacinas profiláticas
Em artigo publicado esta semana na Nature Medicine, os pesquisadores apresentam os resultados positivos da nova vacina em testes com ratos – uma das etapas iniciais de avaliação do novo imunizante, antes que este seja testado em humanos.
Até agora, as candidatas a vacinas contra tuberculose que estão na fase de ensaios clínicos são vacinas profiláticas, ou seja, desenhadas para atuar em pessoas que ainda não tiveram contato com o agente infeccioso.

Método inovador

A novidade da nova vacina está na aplicação de antígenos – trechos capazes de estimular a reação do sistema imunológico – específicos para combater, além da infecção inicial, a M. tuberculosis latente.
Esses antígenos foram inseridos no DNA da bactéria Escherichia coli, que, por sua vez, foi injetada em ratos. Os testes mostraram que, após a exposição dos animais ao agente causador da tuberculose, a vacina foi capaz de controlar a reativação da M. tuberculosis – prevenindo a manifestação da doença – e reduzir a quantidade dessas bactérias no organismo – diminuindo as chances de transmissão da infecção.
Bactéria E. coli
Micrografia eletrônica de um aglomerado de bactérias 'Escherichia coli', ampliada 10.000 vezes. Pesquisadores dinamarqueses inseriram no DNA da bactéria antígenos específicos para combater a tuberculose em fase inicial e latente. (foto: Eric Erbe e Christopher Pooley / USDA, ARS)
Atualmente, a única vacina disponível contra a tuberculose é a BCG, que protege as crianças apenas contra as formas raras da doença – e que não é capaz de evitar completamente as infecções latentes.
“Esperamos que a nova vacina seja eficaz contra todos os tipos de tuberculose e que impeça a manifestação de infecções latentes em caso de imunossupressão”, afirma Peter Andersen, um dos autores do artigo. “Acreditamos que ela possa estar disponível para o público em 2020”, acrescenta.

Na China, coelho é 'estímulo' para que filhotes de tigre virem caçadores


Funcionários de zoológico colocaram animal no cercado dos felinos.
Objetivo era 'estimular' os instintos caçadores dos tigres, segundo eles.

Do G1, com Reuters
Um filhote de tigre encara um coelho no zoológico da floresta Jiufeng, em Wuhan, na província chinesa de Hubei.Um filhote de tigre encara um coelho no zoológico da floresta Jiufeng, em Wuhan, na província chinesa de Hubei. (Foto: Reuters)
O coelho foi colocado na jaula como um 'treinamento' para estimular os instintos caçadores de dois pequenos felinos, segundo a mídia local. Mais ágil, ele sobreviveu aos 'ataques' dos filhotes.O coelho foi colocado na jaula como um 'treinamento' para estimular os instintos caçadores de dois pequenos felinos, segundo a mídia local. Mais ágil, ele sobreviveu aos 'ataques' dos filhotes. (Foto: Reuters)

Cirurgia pioneira 'cura' depressão aguda de britânica


Sheila Cook, de 62 anos, sofreu por uma década com o problema, que a levou a se aposentar precocemente e a pensar em suicídio.

Da BBC
Uma mulher britânica que sofreu por quase uma década de depressão aguda conseguiu conter o problema graças a uma cirurgia pioneira realizada por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol.
A depressão levou Sheila Cook, de 62 anos, a se aposentar precocemente e a deixou incapaz de se vestir ou de se alimentar sozinha. Pensamentos sobre suicídio passaram a ser frequentes.
Mas a operação realizada no hospital Frenchay, em Bristol, restaurou sua vontade de viver.
A técnica, chamada de estimulação cerebral profunda, envolve o uso de fios e eletrodos implantados no cérebro por meio de furos abertos no crânio.
Os eletrodos são ligados a uma bateria que envia pequenas quantidades de eletricidade para estimular ou inibir o funcionamento de áreas específicas do cérebro, responsáveis pelo controle das emoções.
Técnica envolveu o implante de fios e eletrodos no cérebro da pacienteTécnica envolveu o implante de fios e eletrodos no cérebro da paciente (Foto: BBC)
'Túnel escuro'
Os pesquisadores da Universidade de Bristol estão analisando os efeitos de estímulos em duas áreas diferentes do cérebro com oito pacientes diferentes.
Sheila Cook foi a primeira paciente a passar pela operação, que teve bons resultados iniciais.
'Eu somente queria que a vida terminasse. Era como estar em um túnel escuro, mas em vez de luz no fim do túnel, havia apenas escuridão', disse ela.
'Eu de repente acordei uma manhã e vi que me sentia diferente, que queria me levantar, queria fazer coisas. Minha visão sobre a vida mudou completamente', disse.
Apesar da melhora inicial, Cook teve uma recaída posterior e acabou passando por uma operação mais radical, numa técnica também pioneira, na qual uma área do cérebro foi danificada para inibir seu funcionamento.
Mas a equipe de pesquisadores esperam desenvolver a técnica de estimulação cerebral profunda para que ela tenha efeito duradouro ou definitivo e evite a necessidade de novas operações, como no caso de Cook.
A paciente Sheila Cook, que teve bom resultado inicial

Cientista propõe comer insetos como fonte alternativa de proteína


Insetólogo diz que ocidentais deveriam adotar prática, comum nos trópicos, para suprir demanda de carne sem danos ao ambiente.

Da BBC
Prática pode ajudar a solucionar crise dos alimentosPrática pode ajudar a solucionar crise dos
alimentos (Foto: Reuters)
Um insetólogo holandês vem fazendo uma campanha para convencer o mundo ocidental a adotar um costume que, segundo ele, é bastante comum nos trópicos: comer insetos (prática conhecida como entomofagia) como fonte alternativa e sustentável de proteína.
A proposta de Arnold van Huis, detalhada em artigo publicado na revista "The Scientist", não é nova.
Em 1885, o insetólogo britânico Vincent M. Holt escreveu um pequeno livro intitulado "Why not eat insects?" (em tradução livre, por que não comer insetos?).
Os argumentos dos dois especialistas, no entanto, ganham força num momento em que o mundo procura soluções para a crise dos alimentos.
Na Grã-Bretanha, um estudo sobre alimentos e o futuro da agricultura encomendado pelo governo e divulgado nesta semana pede ação urgente para evitar a fome global.
Segundo o relatório, dentro de 20 anos, serão necessários 40% mais alimentos, 30% mais água e 50% mais energia para suprir as necessidades da população do planeta.
O sistema atual de produção, além de não ser sustentável, não será capaz de suprir a demanda, argumentam os autores do estudo, realizado pelo centro de estudos Foresight.
Relatórios como esse tendem a ser usados como base para argumentos a favor do uso de técnicas de engenharia genética para produzir alimentos.
A saída oferecida por van Huis, da Wageningen University, na Holanda, é mais direta e evita a questão polêmica dos transgênicos.
Nutritivos
Em entrevista por e-mail à BBC Brasil, o insetólogo não quis recomendar um inseto em especial, dizendo que tudo depende da forma como são preparados.
Ele disse que algumas espécies têm sabor semelhante ao das oleaginosas (como o gergelim, por exemplo) e ressaltou que nem todas as espécies são comestíveis, já que algumas são venenosas.
"Insetos venenosos são consumidos nos trópicos, mas a população local sabe como lidar com isso, removendo o veneno", explicou.
Quanto ao seu valor nutritivo, a carne do inseto é comparável às tradicionais, como a de porco, vaca, carneiro e peixe.
Segundo van Huis, o conteúdo proteico de um inseto varia entre 30 e 70%, dependendo da espécie.
Eles também são ricos em ácidos graxos essenciais e vitaminas, especialmente as do complexo B.
Em seu artigo, o insectólogo diz que mais de mil espécies de insetos são comidas nos países tropicais, entre elas, larvas de borboleta, gafanhotos, besouros, formigas, abelhas, cupins e vespas.
E as baratas? Elas também são comestíveis?
Van Huis disse à BBC Brasil que, em suas viagens, nunca viu ou ouviu relatos de pessoas comendo baratas. Mas acrescentou:
"Um colega, que está fazendo um inventário de insetos comestíveis, encontrou baratas comestíveis."
Em seu artigo na revista "The Scientist", Van Huis escreve, no entanto, que os ocidentais se enganam quando pensam que os povos dos trópicos comem insetos porque estão passando fome.
"Pelo contrário", ele diz. "Um petisco de inseto é com frequência considerado uma iguaria."
Este seria o caso, no Brasil, da formiga tanajura. Segundo especialistas brasileiros, essa formiga, fêmea ovada das saúvas, é considerada uma verdadeira guloseima no Brasil.
Crise da Carne
Segundo o insectólogo, o consumo mundial de carne quase triplicou desde 1970 e deve dobrar até 2050.
Ele diz que 70% da terra cultivada já é usada para alimentar rebanhos. Van Huis diz que uma intensificação ainda maior na pecuária em escala industrial poderia aumentar os custos para o meio ambiente e para a saúde.
Criações de rebanhos de grande densidade favorecem o surgimento de doenças.
Rebanhos consomem grandes quantidades de água e emitem grandes quantidades de gases responsáveis pelo efeito estufa - como o gás metano, por exemplo.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), as criações de rebanhos respondem por 18% das emissões desses gases.
Cupins, baratas e certas espécies de besouro também produzem metano, mas a maioria dos insetos comestíveis, não.
E a carne de insetos ainda apresenta uma outra vantagem em relação à carne tradicional, explica van Huis.
'Eles convertem o alimento em massa corporal de maneira mais eficiente', diz o especialista. 'Para produzir 1 kg de carne, grilos precisam de 1,7 kg de alimento. Muito menos do que o frango (2,2 kg), o porco (3,6 kg), o carneiro (6,3 kg) e a vaca (7,7 kg).
Portanto, por que não comer insetos?, ele pergunta.
E conclui seu artigo sugerindo que governos e empresas deveriam explorar o incrível potencial dos insetos como fonte de carne, promovendo essa indústria. "No sul da África", ele diz, "este já é um negócio de US$ 85 milhões."
Brasil
Em declaração à BBC Brasil, o biólogo Eraldo Medeiros Costa Neto, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, disse concordar positivamente com a proposta de van Huis.
"No entanto, muitas espécies de insetos apresentam compostos farmacologicamente ativos e, assim, os efeitos tóxicos potenciais dos insetos comestíveis precisam ser investigados com mais atenção", acrescentou.
Costa Neto explica que a FAO está realizando um inventário das atividades relacionadas ao consumo de insetos pelo homem.
"A FAO acredita que o papel específico dos insetos comestíveis e seu potencial na segurança alimentar, qualidade dietética e alívio da pobreza está severamente subestimado", diz o biólogo.
"Com esse inventário, será formulada uma estratégia para promover o consumo de insetos em nível mundial."
Pesquisas feitas por Costa Neto no Brasil revelaram que insetos fazem parte da dieta de vários grupos indígenas, comunidades urbanas, populações ribeirinhas do Amazonas, grupos de pastores e de pescadores e comunidades afro-brasileiras.
O cardápio desses grupos inclui pelo menos 135 tipos de insetos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Belo Monte: precisamos virar essa história!



Reproduzo aqui o texto muito bom do pessoal do Avaaz.org. Assinem a petição, façamos pressao, não podemos deixar que empresas e corruptos lucrem em cima da destruição da biodiversidade, extinção de espécies e alagamento/secas de regiões que irão prejudicar milhares de pessoas.
O Presidente do IBAMA se demitiu na quarta-feira passada devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.
Abelardo Bayma Azevedo, que renunciou à Presidência do IBAMA, não é a primeira renúncia causada pela pressão para construir Belo Monte. Seu antecessor, Roberto Messias, também renunciou pelo mesmo motivo ano passado, e a própria Marina Silva também renunciou ao Ministério do Meio Ambiente por desafiar Belo Monte.
A Eletronorte, empresa que mais irá lucrar com Belo Monte, está demandando que o IBAMA libere a licença ambiental para começar as obras mesmo com o projeto apresentando graves irregularidades. Porém, em uma democracia, os interesses financeiros não podem passar por cima das proteções ambientais legais – ao menos não sem comprarem uma briga.
A hidrelétrica iria inundar 64.000 hectares da floresta, impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40.000 pessoas, incluindo comunidades indígenas de várias etnias que dependem do Xingu para sua sobrevivência. O projeto de R$30 bilhões é tão economicamente arriscado que o governo precisou usar fundos de pensão e financiamento público para pagar a maior parte do investimento. Apesar de ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, ela seria a menos produtiva, gerando apenas 10% da sua capacidade no período da seca, de julho a outubro.
Os defensores da barragem justificam o projeto dizendo que ele irá suprir as demandas de energia do Brasil. Porém, uma fonte de energia muito maior, mais ecológica e barata está disponível: a eficiência energética. Um estudo do WWF demonstra que somente a eficiência poderia economizar o equivalente a 14 Belo Montes até 2020. Todos se beneficiariam de um planejamento genuinamente verde, ao invés de poucas empresas e empreiteiras. Porém, são as empreiteiras que contratam lobistas e tem força política – a não ser claro, que um número suficiente de nós da sociedade, nos dispormos a erguer nossas vozes e nos mobilizar.
A construção de Belo Monte pode começar ainda em fevereiro.O Ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, diz que a próxima licença será aprovada em breve, portanto temos pouco tempo para parar Belo Monte antes que as escavadeiras comecem a trabalhar. Vamos desafiar a Dilma no seu primeiro mês na presidência, com um chamado ensurdecedor para ela fazer a coisa certa: parar Belo Monte.
Acreditamos em um Brasil do futuro, que trará progresso nas negociações climáticas e que irá unir países do norte e do sul, se tornando um mediador de bom senso e esperança na política global. Agora, esta esperança será depositada na Presidente Dilma. Vamos desafiá-la a rejeitar Belo Monte e buscar um caminho melhor. Nós a convidamos a honrar esta oportunidade, criando um futuro para todos nos, desde as tribos do Xingu às crianças dos centros urbanos, o qual todos nós podemos ter orgulho.
A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença – ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte – ela será entregue em Brasília, vamos conseguir 300.000 assinaturas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os problemas do Álcool frente às energias renováveis

Os problemas do Álcool frente às energias renováveis
A substituição do combustível derivado do petróleo ainda é um desafio, mas no mercado, podemos ver um aumento considerável na produção e distribuição do álcool, na verdade o etanol, assim entitulado recentemente. Esse recurso, que além de ser renovável por ser derivado da cana de açúcar (Brasil), milho (EUA) e batata doce (UE), tem trazido muitas questões polêmicas na sua exploração e produção. A primeira por causa das emissões de gás carbônico, gases de nitrogênio e de enxofre (responsáveis pelas chuvas ácidas), pois liberam a indesejada fuligem da palha queimada (que contém substâncias cancerígenas) e provocam perdas significativas de nutrientes para as plantas e facilitam o aparecimento de ervas daninhas e a erosão, devido à redução da proteção do solo.
Há problemas também nos efluentes do processo industrial da cana de açúcar, os quais devem ser tratados e se possível reaproveitados na forma de fertilizantes. Sem o devido tratamento, os efluentes lançados nos rios comprometem a sobrevivência de diversos seres aquáticos e até mesmo os terrestres (através da mortandade de peixes, alimentação básica da classe mais baixa da população), quando usados como fertilizantes, os efluentes não tratados contaminam os lençóis freáticos e afetam os seres terrestres. 
Existem diversas utilizações para o álcool etílico como: produção de bebidas alcoólicas, aplicações na indústria química e farmacêutica, combustível veicular e a produção de energia elétrica. Como combustível para automóveis, o álcool tem a vantagem de ser uma fonte de energia renovável e menos poluidora que os derivados do petróleo, o que possibilitou o desenvolvimento de uma tecnologia 100% nacional, o PROÁLCOOL.
O Proálcool é um programa nacional de substituição de petróleo por energia renovável. O álcool é também menos inflamável e menos tóxico que a gasolina e o diesel. 
Porém os desafios ambientais ainda são uma constante o que faz do etanol um pequeno vilão do meio ambiente, mas é a energia renovável mais rentável no momento, isto por ser barata, uma vez que os processos do biodiesel ainda estão tentando alcançar sua maturidade, além de menos poluente que os combustíveis fósseis. Há a necessidade que as mentes estejam mais abertas para este fato, pois a utilização do etanol é benéfica tanto para o consumidor que paga menos quanto para o meio ambiente.

HEHEHE

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ONU confirma que 2010 foi ano mais quente, empatando com 2005 e 1998


Temperatura foi 0,53°C maior que a média do período entre 1961 e 1990.
Os dez anos mais quentes já registrados estão entre 1998 e 2010.

France Presse
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, informou nesta quinta-feira (20) em Genebra que 2010 foi o ano mais quente desde que há registros, junto com 2005 e 1998, o que confirma uma tendência "significativa" de aquecimento do planeta a longo prazo.
A tendência também contribuiu para um derretimento ainda maior do gelo no Oceano Artico, cujas geleiras caíram a níveis recorde em dezembro.
Segundo a OMM, em 2010 a temperatura foi 0,53°C maior que a média do período entre 1961 e 1990. O valor é 0,01°C maior que a temperatura de 2005, e 0.02°C maior que 1998, mas a diferença entre esses anos é menor que a margem de erro, de 0,09°C para cima ou para baixo.
"Os dados de 2010 confirmam uma tendência significativa de aquecimento da Terra a longo prazo", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. Ele também assinalou que os dez anos mais quentes desde que existem estatísticas a respeito ocorreram a partir de 1998.
As estatístiacs da OMM são baseadas nos dados da Unidade de Pesquisa Climática da Grã-Bretanha, do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC) dos EUA e da Nasa.

Desastres climáticos levam à falta de água e comida no mundo



 Teresópolis perdeu 80% da produção agrícola com chuvas no Rio.

Representante da ONU para mudança no clima prevê inflação de alimentos.

Do Globo Natureza, com informações do Bom Dia Brasil
O aquecimento do planeta, chuvas além do normal no Brasil e em outros continentes e desastres naturais revelam um reflexo preocupante das mudanças climáticas: falta de água e comida para milhões de pessoas.Nos últimos anos, têm sido cada vez mais frequentes protestos isolados por causa do preço dos alimentos. Especialista em agronegócios, o britânico Richard Warburton diz que a guerra do futuro pode ser para conseguir água e comida e não, como se pensava, a disputa por petróleo e territórios.Em Nova York, nos Estados Unidos, as Nações Unidas estudam os efeitos do aquecimento global. As pesquisas indicam uma reação em cascata. As mudanças climáticas afetam a produção agropecuária. Com isso, a oferta diminui e os preços dos alimentos disparamEm Teresópolis, no Rio de Janeiro, as chuvas destruíram 80% da produção agrícola. O Quênia acaba de enfrentar a terceira pior estiagem em mais de uma década. Nessa época do ano, era para o capim estar verde e alto, mas os produtores locais reclamam que perderam centenas de cabeças de gado porque não havia o que comer.Mesmo em países onde o clima é favorável à agricultura, os efeitos do aquecimento global são sentidos pelos produtores. Os recursos naturais estão diminuindo e a explosão da população mundial indica que o problema pode se agravar nas próximas décadas.O chefe do painel da ONU sobre mudanças climáticas, Rajendra Pachauri, prevê um futuro sombrio. “Inicialmente os preços vão subir. Depois haverá escassez de produtos no mundo”, disse ele. As fontes naturais para produção de alimentos estão sob ameaça. Do petróleo também se tira o plástico usado para processar e empacotar a comida.A alternativa, o biocombustível, ainda provoca polêmica. Nos Estados Unidos, a estimativa é de que um terço do plantio de milho seja usado para produzir etanol. O risco é que a produção de biocombustível consuma o que poderia servir de comida e inflacione o preço dos alimentos.A falta de água também preocupa. Mais de um bilhão de pessoas não têm acesso à água limpa, e o consumo deve dobrar nos próximos 20 anos. Em Punjab, na Índia, o uso da água para irrigar plantações de trigo secou parte dos rios. Os fazendeiros antes cavavam poços rasos e logo encontravam água. Agora estão se endividando para comprar equipamentos que consigam perfurar poços profundos. Nem assim têm encontrado água. Os recursos naturais são limitados.A população do mundo dobrou nos últimos 40 anos para quase sete bilhões de pessoas. Especialistas alertam que, usando as técnicas atuais de agricultura, não vamos conseguir produzir para tanta gente. Em 2050, precisaremos ter o dobro da quantidade de comida que é produzida agora. É como se criássemos uma fazenda do tamanho do Brasil apenas para alimentar a nova população mundial.
Nos mares e rios, as previsões também são pessimistas. A pesca predatória está levando peixes e mariscos à extinção. Especialistas acreditam que os estoques acabariam a partir de 2048. “Precisamos mudar nossos hábitos alimentares. A quantidade de comida consumida em países ricos não é sustentável, e o consumo em países em desenvolvimento vai continuar aumentando”, diz Pachauri.

Depois das enchentes no Rio de Janeiro, animais desabrigados e famintos também necessitam de muita ajuda




Veterinários, voluntários e especialistas organizam ação para ajudar os inúmeros animais que ficaram desabrigados nas ruas do Rio do Janeiro. Os voluntários orientam a população a doar cloro, antibióticos, anestésicos, anti-inflamatórios e antipulgas, além de ração para animais de diversos portes e espécies, principalmente gatos e cães.
Alguns canis foram totalmente destruídos e vários animais morreram. A WSPA conseguiu doações de empresas e laboratórios que soma uma tonelada de ração para cães e gatos e um lote de vacinas para prevenção de raiva e leptospirose.
A médica veterinária Amélia de Oliveira, que viaja ao local na segunda-feira, alerta sobre o problema:
- Há riscos de doenças como infecções bacterianas, viral e contaminação da água por causa de animais em decomposição. Outra preocupação é o risco da aparição de casos de raiva”.
Além dos animais domésticos, muitos bichos em chácaras também foram gravemente prejudicados.
Saiba como doar
Quem está em São Paulo pode fazer sua doação.
Um dos postos de arrecadação funciona das 9h às 21h na Rua Marcos Portugal, 224,  bairro Ipiranga. O endereço fica próximo à estação Sacomã do metrô.
Informações pelos telefones (11) 5062-8522, 2592-2645 e pelos celulares 8778-1792 ou 82989261.
Doações para quem está no Rio de Janeiro
Profissionais também organizaram pontos de doação no Rio de Janeiro. Confira a relação de alguns endereços e faça sua doação:
GAPA – Grupo de Assistência e Proteção aos Animais Itaipava
(24)  2222-8419
Flamengo: Rua Correa Dutra, 99 loja 5 (Distribuidora Costa Leivas)
Meier: Carla Bello – (21) 8829-9026
Copacabana: Lojas Bicho Bacana – Rua Santa Clara, 110 e Rua Paula Freitas, 61
Botafogo: Patas & Penas – Rua Voluntários da Pátria, 374
Urca: Patas & Penas – Rua Marechal Cantuária, 70 – loja b
Norte: Patas & Penas – Rua Dom Hélder Câmara, 1º piso
Gávea: Loja Pet Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 7
Barra da Tijuca – Loja Aquário Pet Barra – Av. Ayrton Senna, 3383 – loja 149
Para a população de outras cidades ou estados, é possível fazer doações em dinheiro para a WSPA:
Defensores dos Animais
Banco Bradesco
Agência 279-8
Conta-poupança: 172813-0
fonte: R7.com

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

descontração , conscientização



esqueçer os culpados no momento e dar valor a vida , valeu demian pela iniciativa


We are in mourning.
The loss is immeasurable for all and irreparable harm to many.
The Brazilian people are a warrior people.
Winning and losing is in our DNA, in our day to day.
As an academy struggles to forge not just winners, but humans fighters, We join with those who were defeated with no chance to defend himself.
It's the least we can do at the moment on such pain.
Who wants to donate clothes or simply send a letter to families who are suffering, can bring that we'll send to the Civil Defense.
Upon defeat, there will come the power that would warrant the next victories.
This is just another fight for those who survived.
And in a big city or small, we all are surviving day to day.
Failure to rescue is a crime. Omission of solidarity is inhumane!