terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Cirurgia pioneira 'cura' depressão aguda de britânica


Sheila Cook, de 62 anos, sofreu por uma década com o problema, que a levou a se aposentar precocemente e a pensar em suicídio.

Da BBC
Uma mulher britânica que sofreu por quase uma década de depressão aguda conseguiu conter o problema graças a uma cirurgia pioneira realizada por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bristol.
A depressão levou Sheila Cook, de 62 anos, a se aposentar precocemente e a deixou incapaz de se vestir ou de se alimentar sozinha. Pensamentos sobre suicídio passaram a ser frequentes.
Mas a operação realizada no hospital Frenchay, em Bristol, restaurou sua vontade de viver.
A técnica, chamada de estimulação cerebral profunda, envolve o uso de fios e eletrodos implantados no cérebro por meio de furos abertos no crânio.
Os eletrodos são ligados a uma bateria que envia pequenas quantidades de eletricidade para estimular ou inibir o funcionamento de áreas específicas do cérebro, responsáveis pelo controle das emoções.
Técnica envolveu o implante de fios e eletrodos no cérebro da pacienteTécnica envolveu o implante de fios e eletrodos no cérebro da paciente (Foto: BBC)
'Túnel escuro'
Os pesquisadores da Universidade de Bristol estão analisando os efeitos de estímulos em duas áreas diferentes do cérebro com oito pacientes diferentes.
Sheila Cook foi a primeira paciente a passar pela operação, que teve bons resultados iniciais.
'Eu somente queria que a vida terminasse. Era como estar em um túnel escuro, mas em vez de luz no fim do túnel, havia apenas escuridão', disse ela.
'Eu de repente acordei uma manhã e vi que me sentia diferente, que queria me levantar, queria fazer coisas. Minha visão sobre a vida mudou completamente', disse.
Apesar da melhora inicial, Cook teve uma recaída posterior e acabou passando por uma operação mais radical, numa técnica também pioneira, na qual uma área do cérebro foi danificada para inibir seu funcionamento.
Mas a equipe de pesquisadores esperam desenvolver a técnica de estimulação cerebral profunda para que ela tenha efeito duradouro ou definitivo e evite a necessidade de novas operações, como no caso de Cook.
A paciente Sheila Cook, que teve bom resultado inicial

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