Um novo capítulo foi acrescentado à polêmica história da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na primeira semana de junho, foi concedida a licença de instalação do projeto. No Estúdio CH desta semana, a bióloga Janice Muriel Fernandes Lima da Cunha, da UFPA, fala sobre os problemas relacionados à usina e suas eventuais soluções.
Em entrevista a Fred Furtado, Cunha explica que, a despeito da conexão histórica com o projeto de Kararaô, que previa cinco hidrelétricas na mesma região, Belo Monte é diferente, tanto na engenharia quanto no potencial energético. De fato, é tão distinto que necessitou novos estudos de impacto ambiental. “Alguns setores da sociedade não percebem isso e pensam que a resistência ao projeto é desqualificada”, diz a bióloga da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Entre os principais problemas socioambientais que podem vir a ser causados pela usina, ela aponta a piora da qualidade da água que abastece a cidade de Altamira, bem como os impactos sobre as populações ribeirinhas e indígenas do rio Xingu, onde o projeto deve ser implementado. Aquelas que se encontram antes da barragem terão que se deslocar devido ao alagamento da região.
Já as populações que estão localizadas após a barragem verão o rio praticamente secar e perderão sua navegabilidade. Segundo Cunha, elas ficarão isoladas de Altamira, o centro da região.
A bióloga ressalta que alguns problemas, como a extinção de espécies, não têm como serem resolvidos sem a interrupção do projeto. Mas ela afirma que a natureza é capaz de se recuperar. “A questão é que isso acontecerá em uma escala de tempo que não mais atenderá à geração atual, às populações interessadas”, observa.
Cunha fala também sobre alternativas à usina de Belo Monte e sobre a diferença entre seu potencial energético anunciado e o real. Ela discute ainda a efetividade dos estudos de impacto ambiental, uma questão premente nesse caso.
Entre os principais problemas socioambientais que podem vir a ser causados pela usina, ela aponta a piora da qualidade da água que abastece a cidade de Altamira, bem como os impactos sobre as populações ribeirinhas e indígenas do rio Xingu, onde o projeto deve ser implementado. Aquelas que se encontram antes da barragem terão que se deslocar devido ao alagamento da região.
Já as populações que estão localizadas após a barragem verão o rio praticamente secar e perderão sua navegabilidade. Segundo Cunha, elas ficarão isoladas de Altamira, o centro da região.
A bióloga ressalta que alguns problemas, como a extinção de espécies, não têm como serem resolvidos sem a interrupção do projeto. Mas ela afirma que a natureza é capaz de se recuperar. “A questão é que isso acontecerá em uma escala de tempo que não mais atenderá à geração atual, às populações interessadas”, observa.
Cunha fala também sobre alternativas à usina de Belo Monte e sobre a diferença entre seu potencial energético anunciado e o real. Ela discute ainda a efetividade dos estudos de impacto ambiental, uma questão premente nesse caso.
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